Caso Miguel: ‘Ainda não consegui parar para viver o luto do meu filho’, diz mãe de criança que caiu de prédio no Recife

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Mirtes Renata Souza afirma que espera sentir alívio após o desfecho do caso. ‘Todos os meus planos, todos os meus sonhos morreram junto com ele’, afirmou, emocionada.

Mirtes Renata, mãe de Miguel, afirma não ter conseguido viver o luto pela morte do filho

“Esses dias sem Miguel estão sendo bem difíceis. Eu ainda não consegui parar para viver o luto do meu filho”. A declaração é da empregada Mirtes Renata Santana, que perdeu o filho Miguel Otávio, de 5 anos, depois que a criança caiu, no dia 2 de junho, do 9º andar do condomínio de luxo em que ela trabalhava, no Centro do Recife.

A criança estava sob os cuidados da primeira-dama de Tamandaré e ex-patroa de Mirtes, Sari Corte Real, quando caiu de uma altura de 35 metros, segundo a perícia. Em meio a investigações, documentos e protocolos judiciais, Mirtes relatou que espera se sentir aliviada após o desfecho do caso.

“Durante o dia é um pouco tranquilo, só que à noite é o horário que mais dói. Não tem mais ele pedindo ‘gagau’, que era de lei todos os dias. Me dói muito olhar para a cama dele e ele não estar ali. Só espero que tudo isso se resolva o mais rápido possível e que eu possa parar um pouco para viver o luto do meu filho”, disse.

“Não sei como é que vai ser minha vida sem meu ‘neguinho’. Todos os meus planos, todos os meus sonhos morreram junto com ele. Quando Miguel morreu, a minha vida acabou ali, foi destruída. Não só a do meu filho, mas a minha e a da minha mãe também”, afirmou Mirtes.

A rotina sem o filho provoca saudade a cada lembrança. “Eu precisei ir na lotérica pagar as contas de casa e vinha subindo [a ladeira] e lembrando de Miguel, quando subia essa ladeira comigo. Sempre batia no portão de alumínio de um vizinho que mora lá embaixo. E o nosso vizinho dizia ‘vou lhe pegar’ e ele dizia ‘pega nada’”, relatou, emocionada.

“Acordar sem ter o neguinho, olhar para dentro de casa e não ter ele… Não tá dando, não. Não tá dando, não”, contou a mãe de Miguel.

Segundo Mirtes, o filho tinha o sonho de andar de barco. “Meu filho foi embora e não realizou o sonho dele de andar de barquinho. Das poucas vezes que ele foi no apartamento, ele via os pescadores e me dizia ‘mamãe, eu quero andar de barquinho’”, relatou.

“Tanta coisa que eu planejei pra o futuro do meu filho, o meu, da minha mãe…. E tudo isso acabou naquele dia. Sari acabou com a vida do meu filho e com a minha”, disse.

Fonte G1PE

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