Motorista de aplicativos é assaltada e estuprada: ‘foram duas horas de terror. Quero pensar que foi pesadelo’

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Adélia Neta, de 36 anos, foi levada por três homens após atender chamada, no Recife. Segundo a Polícia Civil, todos foram presos em flagrante.

Uma motorista de transporte de passageiros por aplicativos foi assaltada, estuprada, mantida refém e teve o carro levado por três bandidos, na noite de domingo (20), na Zona Oeste do Recife. “Foram duas horas de terror. Quero pensar que foi pesadelo”, declarou Adélia Neta, de 36 anos.

Três homens foram presos em flagrante, segundo a Polícia Civil. Nesta segunda-feira (21), a corporação informou que a Delegacia de Boa Viagem, na Zona Sul, autuou dois deles por roubo com restrição de liberdade. O terceiro também vai responder por estupro.

Chorando bastante, Adélia contou ao G1, por telefone, como tudo aconteceu, a partir de uma chamada atendida nas proximidades da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Caxangá, na Zona Oeste.

Essa ligação foi feita pelo telefone de uma mulher, cadastrado com 23 viagens solicitadas ao aplicativo InDriver. A motorista parou o carro para a entrada de dois homens. Cem metros depois desse ponto inicial, outro rapaz embarcou no veículo, uma Spin prata.

“Eles colocaram alguma arma no meu pescoço e me levaram para um matagal. Um ficou comigo e dois saíram com o veículo. Acredito que eles usariam o carro para algum assalto”, comentou a vítima.

Adélia afirmou que ficou com o homem durante cerca de duas horas. Ela disse ter implorado para ele não praticar crimes sexuais.

“Me agarrei com ele e chorei muito. Disse para ele pensar e perguntei se ele tinha mulher, mãe e filha”.

Ela contou também que, em vários momentos, o bandido passou as mãos pelo corpo dela. “Foi nojento. Eu dizia para não fazer e ele parava, mas depois voltava. Acho que foi uma intervenção divina, pois não teve sexo”, declarou.

A vítima lembrou que, por várias vezes, tentou escapar, agredindo o bandido. Mas não teve chance. “Ele não estava armado, mas me deixou em um local isolado no matagal. Ele conhecia a área. Não dava para fugir mesmo”.

Ao chegar em casa, depois de prestar depoimento na delegacia, Adélia disse que não conseguiu dormir. “Tomei remédio e fui até para a UPA. Só cochilei por três horas. Agora, quero esquecer tudo”, declarou.

Ela contou também não ter medo de exposição ao divulgar o nome em um caso de violência. “Não tenho que me esconder, não. Meu rosto e meu nome estão em redes sociais. Agradeço a quem ajudou a me localizar e achar o carro”, disse.

Sobre os homens presos, Adélia afirmou: “Quero que a justiça seja feita e que eles fiquem por muito tempo na cadeia. Que eles aprendam”, disse.

Fonte G1PE

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