Médico é preso suspeito de importunação sexual contra pacientes durante exames, em Caruaru
Denúncia foi feita à Polícia Civil pelas pacientes do radiologista. Vítimas relataram que o suspeito as apalpava durante a realização dos exames, segundo a polícia.
Nesta terça-feira (9), um médico de 54 anos foi preso em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, suspeito de importunação sexual. O radiologista foi denunciado à Polícia Civil por pacientes. Elas relataram que o médico fazia questionamentos sobre a vida pessoal delas e chegava a apalpá-las durante a realização de exames.
Por telefone, o advogado do médico disse à TV Asa Branca que estava terminando um procedimento e não poderia falar naquele momento sobre o caso, mas que falaria assim que terminasse. Até o momento desta publicação, ele não atendeu mais as ligações.
Através de nota, a Polícia Civil informou que a investigação iniciou após uma paciente comparecer à delegacia, no bairro do Salgado, e informar que “teria sido vítima, em tese, do crime de violação sexual mediante fraude”. Na ocasião a vítima relatou que esteve na clínica médica do suspeito, localizada na Avenida Agamenon Magalhães, no bairro Maurício de Nassau, para fazer um exame de ultrassom pré-operatório.
A Polícia Civil disse ainda que a vítima relatou que durante a realização do exame o médico “teria praticado atos libidinosos contra ela”. Ao tomar conhecimento do fato, a polícia instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias e determinou que a equipe de investigação realizasse buscas com o objetivo de identificar e localizar outras vítimas.
A Polícia Civil identificou duas vítimas, tendo uma sido molestada em outubro do ano de 2016 e a outra em setembro de 2020, conforme foi informado na nota. O médico teve prisão preventiva decretada e depois será transferido para a Penitenciária Juiz Plácido de Souza, onde ficará à disposição da Justiça.
O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) instaurou uma sindicância “ex-offício” para apuração do fato. A partir de então, o expediente corre em sigilo processual, para não comprometer a investigação, e segue o que estabelece o Código de Processo Ético Profissional (CPEP).