Mãe de Henry foi recebida na cadeia aos gritos de “vai morrer”

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MÃE DO GAROTO HENRY

Há um clima de muita revolta entre as presas do Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, cidade da região metropolitana do Rio. Ao entrar no presídio, a professora Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, de 4 anos, caminhou alguns minutos até chegar em sua cela ouvindo outras presas gritarem em coro “uh, vai morrer”. Ela ficará isolada em uma cela por 14 dias, mas é provável que permaneça sozinha por medidas de segurança.

Monique e o vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr Jairinho, seu companheiro, tiveram a prisão decretada na quinta-feira (8) pela juíza Elizabeth Louro, do 2º Tribunal do Júri. Eles são investigados pelo assassinato de Henry e foram presos pela acusação de estarem atrapalhando as investigações.

A coluna apurou que, desde que entrou na cela, a mãe de Henry passa os dias chorando e intercala momentos de gritos, o que gerou dúvidas nos funcionários da unidade sobre uma crise nervosa. Monique, porém, não solicitou atendimento médico. A situação é bastante diferente de como ela se apresentou na delegacia para prestar depoimento e, no dia da prisão, quando aparentava certa tranquilidade.

Além disso, a coluna apurou que, na sexta-feira, Monique recusou a visita de um advogado que pediu para encontrá-la. André França Barreto, que atua na defesa de Dr Jairinho e Monique, afirmou à coluna que não sabe detalhes sobre essa recusa e que ainda na sexta-feira uma advogada de seu escritório esteve na prisão para entregar remédios controlados que Monique está fazendo uso. O defensor disse que irá visitá-la na tarde deste domingo.

O advogado do casal contou que esteve com Jairo ontem e que ele negou que tenha passado mal. “Ele me disse que não pediu atendimento nenhum. Ele está sem os medicamentos que precisa para dormir e isso causa certa ansiedade. Mas está bem. Disse que nem saiu da cela”, afirmou Barreto. O defensor afirmou que, em função do fim de semana, ainda não conseguiu providenciar as autorizações para o envio dos medicamentos. Servidores, no entanto, garantem que ele pediu atendimento e foi visto por um médico da unidade.

A defesa entrou com um pedido de habeas corpus no sábado alegando que a prisão é desnecessária e alegando que há ilegalidades cometidas durante as investigações.

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