Menino de 8 anos morre após ser atropelado enquanto brincava na rua da casa onde morava
Atropelamento ocorreu no bairro de Passarinho, em Olinda. Motorista fugiu sem prestar socorro à vítima. De dentro do carro, tiros foram disparados contra pessoas na rua, diz família da criança.
Um menino de 8 anos morreu depois de ser atropelado no bairro de Passarinho, em Olinda, na tarde da quarta-feira (19), de acordo com a Polícia Civil. Segundo parentes, a criança foi atingida por um veículo em que estavam duas pessoas atirando contra pessoas na rua.
O caso ocorreu por volta das 17h20, na Rua Monteiro Lobato. A vítima foi Nicolas Edigar de Sampaio. Na manhã desta quinta-feira (20), o pai e a avó do menino foram ao Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife, para onde o corpo da criança foi levado.
Segundo a costureira Edina Soares de Lima, avó de Nicolas, o menino estava brincando na rua de casa, quando foi atropelado.
“Dizem que foi uma mulher dirigindo e um homem no banco do passageiro, mas a gente não viu. Ele deitou no chão ou desmaiou, nós não sabemos. Foi aí que o carro veio de ré, na fuga, e passaram por cima da cabeça dele”, afirmou a avó do menino.
A Polícia Civil registrou o caso como um acidente de trânsito. A família ainda não sabe se o garoto foi atingido por tiros e espera o laudo do IML.
“Primeiro, um rapaz chegou para mim e disse ‘seja forte’, aí me disse que ele tinha levado dois tiros. Depois de algumas horas, a gente soube que era um atropelamento. Meu filho era só uma criança, com sonhos, tudo pela frente”, disse o lavador de carros Edson Soares, pai de Nicolas.
De acordo com a avó do menino, a rua em que ocorreu o atropelamento não tem saída e, por causa disso, o carro saiu de ré durante a fuga.
“Ele estava brincando com a irmãzinha dele. Agora, a mãe dele está dopada de remédios, desesperada. Ela só pegou o menino do chão e levou para o Hospital Miguel Arraes [em Paulista], mas ele chegou já morto. Teve perda de massa encefálica, a cabeça estava muito machucada”, disse a costureira.
Edson contou que o filho era muito querido. “Está todo mundo arrasado com a morte dele. Ninguém esperava. Ele morava com a mãe e com a avó. No fim de semana, eu pegava ele. Aquele menino era um anjo, até as crianças que brincavam com ele estão todas tristes, sem acreditar. É uma situação muito difícil”, disse o pai da criança.