Após 5 anos, menino que sobreviveu após coração ser perfurado por espeto relembra o ocorrido: ‘Uma pessoa abençoada’
Caso de Marivaldo Júnior, que atualmente tem 16 anos, surpreendeu os médicos.
Em janeiro de 2018, um garoto 11 anos da cidade de Toritama, no Agreste pernambucano, surpreendeu médicos, familiares e quem ouvia falar da sua história. Após um espeto de churrasco atravessar seu coração, Marivaldo Júnior, que atualmente tem 16 anos diz ser uma pessoa abençoada.
Uma pipa no telhado atraiu a atenção das duas crianças que brincavam no quintal de casa no período de férias escolares e foi na tentativa de pegar essa pipa que Marivaldo, em um desequilíbrio, acabou caindo de uma escada e teve o coração perfurado por um espeto com cerca de 70 cm de comprimento. O menino não sentiu dor alguma ao ser perfurado pelo objeto.
“Só senti o espeto entrando mesmo, em mim. Não senti nada não, não doeu. Só quando balançava que doía, quando balançava tocava no osso aqui das costas, eu acho, ai por isso que doía”, disse o menino.
A mãe do garoto, Maria das Dores, não acreditou que aquilo realmente estava acontecendo e chegou a cogitar puxar o espeto por achar que se tratava de uma brincadeira. Foi então que uma vizinha, Janeide Maria, a impediu, salvando o garoto de consequências piores.
“Eu não desejo pra mãe nenhuma passar aquilo que eu passei”, disse dona Maria das Dores.
No primeiro atendimento, ainda na cidade de Toritama, Marivaldo cruzou o caminho de mais uma pessoa que seria responsável por ajudar a salvar sua vida, dessa vez o bombeiro civil Daniel Henrique. O transporte do garoto até a cidade de Recife só foi possível após o bombeiro fazer a imobilização do objeto, que se mexia de acordo com sua pulsação e respiração.
“No momento que eu tava fazendo o triplo, ou seja, as imobilizações dele, aí eu tocava na ponta do espeto e sentia aquela pulsação do batimento cardíaco dele”, falou Daniel Henrique.
Já em Recife, Marivaldo foi atendido no Hospital da Restauração onde passou por cirurgia vascular com a médica Andréa Rolim que avaliou o atendimento e a agilidade ainda na cidade de Toritama como pontos chaves para o sucesso da cirurgia do menino:
“A cirurgia graças a Deus foi um sucesso, ele teve um atendimento rápido, tanto em Toritama, que trouxeram pra cá sem mexer no espeto. Porque se tivessem tentando retirar o espeto pra que ele chegasse aqui e pra ajudar talvez no transporte, isso poderia ter prejudicado muito. Mas ele foi trazido sem ninguém mexer”