Corpo encontrado em área de mata é de menino de 7 anos que estava desaparecido, diz polícia
Caso foi registrado como morte a esclarecer. Mateus da Silva sumiu na terça-feira (19), quando brincava perto da casa do padrasto da mãe, em Paudalho, segundo parentes.
A Polícia Civil confirmou, no final da manhã desta sexta-feira (22), que o corpo encontrando em uma área de mata em Chã de Cruz, em Camaragibe, no Grande Recife, pertence a Mateus da Silva, de 7 anos, que estava desaparecido. A mãe do menino, a dona de casa Maria José Belarmino, foi ao Instituto de Medicina Legal (IML), no Recife, e fez o reconhecimento.
A área em que o garoto foi encontrado faz também limite com os municípios de Abreu e Lima, no Grande Recife, e Paudalho, na Zona da Mata, e as buscas contaram com apoio de cães farejadores do Corpo de Bombeiros.
O corpo estava dentro de um saco de lixo, de cabeça para baixo num buraco cheio de lama. De acordo com o laudo pericial, o menino foi asfixiado por meio físico, possivelmente afogamento.
O menino sumiu quando brincava perto da casa do padrasto da mãe, em Paudalho, na terça-feira (19), e o boletim de ocorrência foi registrado no dia seguinte, segundo a família.
A Polícia Civil informou que o caso do garoto foi registrado como morte a esclarecer. As investigações sobre a causa da morte ficaram sob a responsabilidade da Delegacia de Camaragibe, que abriu um inquérito.
Desempregada, a mãe de Mateus, disse que o menino desapareceu logo depois de chegar da escola. Ela vive com o dinheiro do Bolsa Família e com a pensão das duas filhas, de 5 e 8 anos. Sem condições de enterrar o próprio filho, o caixão foi doado por uma funerária.
“Meu menino chegou da escola em casa e foi na casa do meu padrasto, porque ele foi criado lá, e ficou brincando com outras crianças. Meu menino é esperto, nunca entrou em mata. Ninguém mexia com esse menino. E como uma criança de 7 anos some sem ninguém ver?”, questionou a mãe.
Maria José Belarmino chegou ao Instituto de Medicina Legal amparada por dois vizinhos, bastante abalada, pouco antes das 8h. Antes mesmo de reconhecer o corpo formalmente, a mãe já acreditava se tratar do filho sumido, já que as roupas eram as mesmas que o garoto usava quando desapareceu.
“Meu filho era muito querido por todo mundo. Se eu soubesse, não tinha mandado ele para a escola, mas eu não sou Deus. Não podia imaginar que isso ia acontecer. Os coleguinhas dele nem foram para a aula, porque todo mundo está abalado com o que aconteceu”, disse a mãe.
A dona de casa Kátia Ferreira conhecia Mateus desde que o menino nasceu.
“Ele vivia aqui nessa rua, brincando com os outros meninos, sempre vinha para cá depois do colégio, para a casa do avô. No dia que desapareceu, ele veio chamando minha neta para brincar, eu falei para ele ir para casa e ele chamou outra menina para brincar, mas ela não estava em casa. Depois, ele sumiu. Não vi mais. Só vi a notícia da mãe procurando”, declarou.
Como o corpo estava em avançado estado de decomposição, a família informou que não deve ocorrer velório. O enterro foi marcado para o Cemitério de Pirassirica, em Paudalho, ainda nesta sexta, segundo parentes.