Descoberta dos Canibais em Garanhuns completa 9 anos. Confira como o Trio está Atualmente
CASO DOS CANIBAIS
Há exatos nove anos, policiais civis chegavam ao bairro Jardim Petrópolis para tentar desvendar o desaparecimento de uma Jovem. Na residência visitada viviam três adultos e uma menina de 5 anos. Foi ela quem apontou à Polícia onde estava o corpo da mulher que sumiu: os restos mortais estavam enterrados no quintal. Também havia o de outra desaparecida, em mais uma vala. Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva acabaram presos em flagrante. Na delegacia, mais surpresa: confessaram canibalismo. Isabel, em depoimento que foi gravado, ainda revelou que o trio fazia salgados com os restos mortais das vítimas.
O caso que ficou conhecido como os Canibais de Garanhuns (título rechaçado pelos Garanhuenses) começou a ser desvendado em 11 de abril de 2012. E chocou o mundo. A cada dia, um novo relato de um dos integrantes do trio surpreendia. Chegaram a falar em até oito ou nove mulheres vítimas do “Cartel”, uma suposta seita criada para diminuir a população do planeta – sob o argumento que aquelas mulheres atraídas pelo trio com a promessa de emprego deveriam ser mortas porque eram mães solteiras e não tinham condições de criar os seus filhos. Depois de mortas e esquartejadas, partes dos corpos das vítimas serviam de alimento para o trio, para a criança e o resto virava empada, que, segundo o depoimento de Isabel, foi vendido pelas ruas de Garanhuns. Forminhas foram encontradas na residência, que foi saqueada após a prisão do trio.
A primeira vítima foi Jéssica Camila da Silva Pereira, de 17 anos, no bairro de Rio Doce, em Olinda. Na casa onde o trio morava, ela foi assassinada e restos mortais foram encontrados em 2012, durante as investigações da Polícia. A criança que o trio cuidava era filha da Jéssica. As outras vítimas foram: Alexandra Falcão, 20 anos, e Giselly Helena, 31, ambas em Garanhuns.
ONDE ELES ESTÃO? – Jorge, Isabel e Bruna foram condenados por todos os três assassinatos. E seguem presos, segundo a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres). Em nota enviada à coluna Ronda JC, do Jornal do Commercio, a Pasta informou que Jorge Negromonte cumpre a pena na Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá. Já Isabel e Bruna estão presas na Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste. “Todos têm bom comportamento nas respectivas unidades prisionais”, disse a Seres. Já a criança encontrada com o trio está sob a guarda de uma tia avó de Jéssica.
CONDENAÇÕES PELA JUSTIÇA – Em 2019, os desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) aumentaram as penas de prisão. A mudança nas penas foi referente à condenação pelo assassinato, ocultação e vilipêndio do cadáver de Jéssica. Jorge recebeu 27 anos de prisão e um ano e meio de detenção. Isabel e Bruna passaram para 24 anos de prisão e um de detenção. Já pelas mortes de Alexandra e Giselly, as penas foram ainda maiores. Jorge e Bruna foram condenados a 71 anos de prisão. Isabel foi condenada a 68 anos.