Justiça condena youtubers por invasão a centro de triagem de detentos com fantasias da série ‘La Casa de Papel’

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Caso aconteceu em abril de 2018, em Abreu e Lima, no Grande Recife. Na época, grupo alegou que invasão era uma pegadinha que seria filmada para ser postada em redes sociais.

Três youtubers que usaram fantasias da série “La Casa de Papel” para invadir o Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife, em abril de 2018, foram condenados pela Justiça pelos crimes de atentado à segurança pública, desacato e corrupção de menores.

Na época, o grupo alegou que a ação era uma pegadinha que seria gravada e postada em redes sociais. Segundo a decisão proferida pelo juiz Luiz Carlos Vieira de Figueirêdo, da Vara Criminal de Abreu e Lima, cada um foi condenado a dois anos de reclusão e seis meses de detenção, além do pagamento de multa no valor aproximado de R$ 320.

Na sentença, o magistrado substituiu os seis meses de detenção por seis meses de prestação de serviços à comunidade. Os dois anos de reclusão e dez dias de multa também foram substituídos por prestação pecuniária no valor da fiança, de R$ 5 mil, paga após uma audiência de custódia em 2018.

Para fundamentar a decisão, o magistrado afirmou que os youtubers “atentaram contra a segurança da unidade prisional que se sabe superlotada e com reduzido quadro de agentes penitenciários. Por sorte, não aconteceu um mal maior, como rebelião ou fugas. Por mais sorte ainda, os acusados não foram alvejados por tiros”.

Ainda na sentença, o juiz declarou que “restou comprovado que os acusados desacataram os agentes, pois, mesmo detidos, passaram a adotar a postura de brincadeira e de risadas durante o procedimento. […] Certo é que a liberdade de expressão e o humor não são ilimitados. Aquele que ofender terceiros e causar danos poderá responder penal e civilmente por abusos que vier a cometer”.

Adolescente

O quarto integrante detido na ocasião foi um adolescente que tinha 17 anos de idade na época do ocorrido. O G1 questionou o Tribunal de Justiça de Pernambuco sobre que medidas foram aplicadas com relação a ele, mas não recebeu resposta até a última atualização desta matéria.


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