Mulher dá à luz um menino no meio da rua enquanto aguarda por socorro em São Lourenço da Mata

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Adriana Mesquita contou com o auxílio de um médico que tem uma clínica a 300 metros da casa dela e finalizou o parto. Por conta da ajuda, ela batizou o filho com o nome do médico.

Uma mulher de 28 anos deu à luz um menino no meio da rua, enquanto esperava por socorro, na manhã da terça-feira (6), em São Lourenço da Mata, no Grande Recife. A dona de casa Adriana Mesquita contou com a ajuda do médico Roberto Calumby, que tem uma clínica a 300 metros da casa dela e foi chamado às pressas.

A mãe dela, Marilene Maria de Mesquita, já tinha pedido ajuda, mas viu que não daria tempo de o socorro chegar e lembrou da clínica perto de casa. Ao chegar ao local, o médico se deparou com uma cena nunca vista em 44 anos de profissão.

Adriana estava no meio da rua com o filho nos braços e o cordão pendurado. “A minha conduta foi voltar para a residência, retirar o resto da placenta, cortar e cordão umbilical e checar se a criança estava bem”, disse o médico.

O filho de Adriana nasceu em casa com três quilos e muita saúde. Ele se chamaria Heitor, mas, por conta do médico que ajudou no parto, foi batizado como Roberto Heitor. O ginecologista e obstetra virou amigo da família.

“Foi de repente que senti as dores. Fui no banheiro fazer xixi e vi a cabeça do menino saindo. Chamei um monte de ambulância e ninguém veio me ajudar. Foi Deus que colocou o médico no meu caminho. Até agora ele está me ajudando, até conseguiu roupa para o bebê”, disse Adriana.

A porteira Aline Rodrigues, vizinha de Adriana, acompanhou tudo e registrou em vídeo com o celular. Também foi Aline que ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para chamar uma equipe para atender à vizinha. Mas o socorro, segundo ela, demorou mais de uma hora e meia.

“Liguei às 7h e informei o que estava acontecendo. Depois de 30 minutos, o Samu retornou dizendo que as unidades de São Lourenço e Paudalho estavam desativadas e que, na de Vitória de Santo Antão, não tinha maca. Que a unidade de Camaragibe era a única que tinha, mas que estava atendendo um chamado. Era mais de 8h30 quando o médico conseguiu uma ambulância de uma maternidade de São Lourenço”, contou.

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