Vacina desenvolvida por BioNTech e Pfizer para Covid-19 mostra potencial em testes em humanos

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Testes de duas dosagens em 24 voluntários saudáveis ​​mostrou que, após 28 dias, grupo desenvolveu níveis mais altos de anticorpos contra o Sars CoV-2.

Corrida de farmacêuticas para produzir vacina contra a Covid-19 envolve dezenas de projetos — Foto: Dado Ruvic/Reuters

Uma nova vacina para Covid-19, desenvolvida pela empresa de biotecnologia BioNTech e pela farmacêutica Pfizer, mostrou potencial e foi bem tolerada no estágio inicial de testes em humanos, informaram as empresas nesta quarta-feira (1º).

A vacina é uma das 17 testadas em seres humanos durante uma corrida global para encontrar uma imunização contra o novo coronavírus, que já infectou 10,5 milhões de pessoas e matou mais de meio milhão até agora.

Esta é a quarta vacina contra a Covid-19 em estágio inicial com resultados promissores em testes em humanos, juntamente com os projetos da Moderna, da CanSino Biologics e da Inovio Pharmaceuticals. Há, ainda, a vacina da Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca, chegando à fase 3 de pesquisas e em testes no Brasil.

Resultados

A BioNTech afirmou que os testes de duas dosagens da vacina “BNT162b1” em 24 voluntários saudáveis ​​mostraram que, após 28 dias, os pacientes desenvolveram níveis mais altos de anticorpos para Covid-19 do que os normalmente observados em pessoas infectadas.

A mais alta entre as duas doses – ambas administradas em duas injeções com diferença de três semanas – foi seguida por uma febre curta em três dos quatro participantes após a segunda aplicação.

Uma terceira dosagem, testada em uma concentração mais alta em um grupo separado, não foi repetida devido à dor da injeção. Os resultados foram apresentados em um pré-print, publicação ainda não revisada por outros cientistas e por revistas científicas.

“Esses primeiros resultados de testes mostram que a vacina produz atividade imune e causa uma forte resposta”, disse o co-fundador e CEO da BioNTech, Ugur Sahin.

Sahin afirmou que estão sendo preparados ensaios mais amplos para confirmar se isso se traduz em proteção contra uma infecção real. A Pfizer diz que “caso o estudo de segurança e eficácia seja bem-sucedido e a vacina receba aprovação regulamentar, as empresas esperam fabricar até 100 milhões de doses até o final de 2020 e potencialmente mais de 1,2 bilhão de doses até o final de 2021”.

Farmacêutica americana anunciou resultados positivos nesta quarta-feira, 1º de julho — Foto: Reuters

Vacina mais avançada

O Ministério da Saúde do Brasil anunciou no último 27 de junho uma parceria para a pesquisa e produção nacional da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, e a farmacêutica AstraZeneca. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esta é a vacina mais avançada em desenvolvimento contra a doença do Sars CoV-2.

A vacina experimental “ChAdOx1 nCoV-19” iniciou os testes em humanos em estágio inicial da vacina em abril, tornando-a uma das poucas que alcançaram esse marco.

Ao todo, 50 mil pessoas serão testadas em todo o planeta – 30 mil nos Estados Unidos e outras em países da África e Ásia. No Brasil, pelo menos 5 mil voluntários entre 18 e 55 anos serão vacinados. A ideia é anunciar os resultados até setembro e, se tudo correr bem, entregar as vacinas já em outubro.

Fonte G1GLOBO

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